Os Livros da Helena

Ora, venho responder à TAG do título, TAG essa feita pela Paloca no canal de youtube Leituras da Paloca. Deixo abaixo o respectivo link para quem quiser ver: https://www.youtube.com/watch?v=gJHXI2bx-Eg Achei-a bem interessante (e gira)!! Também para ressuscitar o blogue!! 1) Livro que deixei a meio: Os Maias, Eça de Queiroz (edição da Europa-América). Pois é, com alguma vergonha minha nunca terminei Os Maias. E já se passaram mais de 20 anos. Talvez um dia! :) 2) Livro que não te encheu as medidas: Adopta-me, Maria João Lopo de Carvalho. Chamou-me atenção o titulo, gostei da sinopse, mas o livro não foi nada do que estava à espera. 3) Livro que algumas pessoas não gostam, mas do que eu gosto muito: Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco. Li-o ainda no ensino secundário. Era daquelas leituras obrigatórias, mas que, neste caso, até se revelou uma leitura agradável. Sei que há algumas pessoas às quais isto não aconteceu. 4) Clássico que adoras: As Intermitência...

Bom, que livro fantástico. A vários níveis. Trata-se de um livro filosófico, mas que mesmo para quem possa não gostar de Filosofia, eu aconselho vivamente. Porque nos faz pensar, nos faz questionar. Eu estava a ler o livro e estive constantemente de lápis na mão. É daqueles livros que se sublinha ou se cola post-its várias vezes. O livro começa por explicar o eterno retorno, simplificando um pouco: de como seria a nossa vida se tudo se repetisse infinitamente.  Do livro fazem parte quatro personagens principais, dos casais, o Tomás e a Tereza e a Sabina e o Franz, mas é muito mais do que as relações entre eles. Cada uma destas personagens questiona-se (existencialmente), Milan Kundera leva-nos a questionar a nossa própria vida. Por exemplo: muitas vezes perguntamo-nos a nós mesmos: E se tivesse agido desta ou daquela forma? E se tivesse feito assim? Eu questiono-me sobre isso algumas vezes. Penso que é inevitável qualquer um de nõs o fazer, nem que seja de vez em quan...

Terminado há pouco, tendo gostado muito deste livro. Se há livros que nos ensinam muita coisa, este é um deles. São muitas personagens - no fim há um resumo de 13 (!) páginas com o nome de Dramatis Personae -, o que, por vezes, é um pouco confuso. O livro é um bocadinho descritivo e, como (ainda) não li os outros livros da escritora, "só" lhe dei 4 estrelas.  É o meu primeiro livro desta escritora querendo ler outros dela. Nomeadamente, o D.Maria II que penso que, quer em termos históricos, quer em termos de livros de Isabel Stiwell, é o livro que se segue. Durante os meus anos de Escola em que tive História, nunca liguei muito à disciplina. Não tinha dificuldades em ter boas notas, mas a disciplina nunca me disse muito. Parecia-me - não sei se com ou sem razão - uma disciplina que era para decorar, mas que não contribuía em nada para o meu crescimento pessoal. Anos mais tarde, aliás, muitos anos mais tarde, já na faculdade venho a ter História da Matemática, do meu cu...

Terminado ontem 5*. Não daquelas 5* que como não podemos dar mais "só" damos esta avaliação, mas ainda assim, um excelente livro. Também porque face a outros não podia só dar menos. Ora então: pazes feitas com o Javier Marias, porque tinha lido o "Enamoramentos" e apesar de reconhecer a qualidade, tinha achado o livro um pouco chato. Desse livro para este, o que mudou foi que me adaptei ao estilo do escritor, à prosa reflexiva dele, cheia de parêntesis e aspas a indicar os pensamentos e questionamentos das personagens. O livro inicia-se assim: "Durante algum tempo não teve a certeza se o seu marido era seu marido, de maneira semelhante àquela quando estamos meio a dormir meio acordados e não sabemos se estamos a pensar ou a sonhar, se ainda somos senhores da nossa mente ou a perdemos por esgotamento. Às vezes acreditava que sim, às vezes acreditava que não, e às vezes decidia não acreditar em nada e continuar a viver a sua vida com ele, ou com aquele hom...

Este foi o primeiro livro que li - tendo terminado há minutos - desta escritora. Basicamente, é a história de uma rapaz que um dia sem que ninguém sequer tenha isso nos seus maiores pesadelos, se passa e do nada (?) entre na sua escola e mata alguns colegas da escola. No entanto, o livro é muito mais do que isto, está muitíssimo bem construído, todos os acontecimentos que levaram este adolescente a cometer este ato, assim como todas as implicações. Esta edição que li tem 612 páginas, mas além da história ser absorvente, o livro tem muitos diálogos, o que o torna mais fácil de ler.  O livro tem como tema principal o bullying, além da posse de armas. Fez-me impressão as coincidências que existem entre os factos contados e aqueles que vamos sabendo noutros casos semelhantes, assim como um documentário que vi sobre um outro caso. Foi o caso da escola primária de Newtown no Connecticut (EUA) que ocorreu em Dezembro de 2014. Doí ver e ouvir aqueles relatos. Está na Netflix....

"Mas na metrópole há cerejas. Cerejas grandes e luzidias que as raparigas põem nas orelhas a fazer de brincos. Raparigas bonitas como só as da metrópole podem ser. As raparigas daqui não sabem como são as cerejas, dizem que são como as pitangas. Ainda que sejam. nunca as vi com brincos de pitangas a rirem-se umas com as outras como as raparigas da metrópole fazem nas fotografias." (pág.7) Assim começa "O Retorno" de Maria Dulce Cardoso.  Ontem terminei este livro antes de ir jantar e partilho agora com vocês a minha opinião. Já tinha a ideia de fazer algo mais longo, mas também porque numa publicação em que partilhei as leituras de Abril, várias pessoas disseram que tinham lido e gostado, assim como outras tinham curiosidade ou iam mesmo ler. O livro faz parte de dois projectos a decorrer no Booktube neste mês. São o #lusiteratura da @pdrodrigues e o #abrilhistórico da @amiudageek . Gostei bastante do livro, tendo-lhe dado 5* no Goodreads, sendo o primeir...