Bom, que
livro fantástico.
A vários
níveis. Trata-se de um livro filosófico, mas que mesmo para quem possa não
gostar de Filosofia, eu aconselho vivamente. Porque nos faz pensar, nos faz
questionar. Eu estava a ler o livro e estive constantemente de lápis na mão. É
daqueles livros que se sublinha ou se cola post-its várias vezes.
O livro
começa por explicar o eterno retorno, simplificando um pouco: de como seria a
nossa vida se tudo se repetisse infinitamente.
Do livro
fazem parte quatro personagens principais, dos casais, o Tomás e a Tereza e a
Sabina e o Franz, mas é muito mais do que as relações entre eles. Cada uma
destas personagens questiona-se (existencialmente), Milan Kundera leva-nos a
questionar a nossa própria vida. Por exemplo: muitas vezes perguntamo-nos a nós
mesmos: E se tivesse agido desta ou daquela forma? E se tivesse feito assim? Eu
questiono-me sobre isso algumas vezes. Penso que é inevitável qualquer um de
nõs o fazer, nem que seja de vez em quando. O que é facto é que não como saber,
não podemos saber como seria, não temos uma segunda oportunidade, a
oportunidade de saber o que teria acontecido se tivéssemos agido de maneira
diferente.
Além deste
ponto, o livro tem a parte histórica, sendo que a história se passa na antiga
Checoslováquia, especialmente no ano de 1968 que como sabemos, foi tão cheio de
lutas um pouco por toda a Europa.
Referir
que o livro não se adequa a menores de 18 anos, não só porque - eu se eu
tivesse lido nessa altura ou mesmo poucos anos depois não perceberia nada - a
nível de maturidade intelectual, de vida, é necessário algum arcaboiço, como
também tem algumas partes mais eróticas, por vezes um pouco violentas - porque
não dize-lo - que não são de forma nenhuma fora de contexto.
Tanta
coisa teria a referir, a nível histórico o livro é riquíssimo, tantas passagens
a referir, tantas que eu sublinhei, mas que não cabe por aqui. Por um lado
ainda bem. Resta-me recomendar vivamente. Vou querer ler mais deste escritor,
mesmo que este livro seja tido como o expoente
Só lhe
podia dar cinco estrelas, existindo também a conhecida adaptação a filme por
Philip Kaufman que eu ainda não vi.
Grande parte deste review encontra-se no Goodreads também. :)
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